O combate aos incêndios florestais em Rondônia tem recebido reforço importante graças ao uso de tecnologia e operações integradas das forças de segurança. Entre as ações realizadas estão as operações “Verde Rondônia”, “Protetores do Bioma”, “Mapinguari” e as fases 1 e 2 da “Temporã”, que atuam principalmente no Parque Estadual Guajará-Mirim e na Estação Ecológica Soldado da Borracha.
Essas iniciativas contam com o apoio estratégico da Sala de Situação da Coordenadoria de Geociências (Cogeo), vinculada à Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental (Sedam). A Cogeo tem papel fundamental na análise ambiental, utilizando tecnologias avançadas para monitorar solo, água e outros recursos naturais.
Por meio da Sala de Situação, a Sedam realiza o acompanhamento diário dos focos de calor no estado e regiões vizinhas, utilizando dados fornecidos pela Nasa, que alimentam um banco de informações acessível ao público pelo Geoportal da Sedam.
Segundo o secretário da Sedam, Marco Antônio Lagos, esse monitoramento permite um panorama detalhado dos incêndios em Rondônia e áreas próximas, como Acre, sul do Amazonas, norte do Mato Grosso e até a fronteira com a Bolívia.
“A Sala de Situação é uma ferramenta essencial para direcionar ações de prevenção e fiscalização, bem como para aplicar sanções. Observamos que os maiores focos de incêndio coincidem com áreas em conflito fundiário e regiões de preservação ambiental”, explicou.
Para combater esses incêndios, a Sedam promove operações em áreas protegidas e conta com o suporte do Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Rondônia (CBMRO), que desde junho de 2024 realiza a “Operação Verde Rondônia”. Esta operação mantém seis bases distribuídas estrategicamente, que já contabilizam milhares de ações preventivas e combate direto ao fogo.
Dados recentes indicam um aumento dos focos de calor durante o período seco. Entre junho e outubro de 2024, foram registrados 78.468 focos de incêndio em Rondônia, número inferior apenas ao do Mato Grosso, que ultrapassou 355 mil registros, e à Bolívia, que contabilizou mais de 787 mil focos na área fronteiriça.
O governador Marcos Rocha destaca que o uso da Sala de Situação possibilita o direcionamento em tempo real das equipes para as áreas mais críticas, o que é fundamental para preservar a biodiversidade e a saúde da população local.
Nos últimos meses, Rondônia também recebeu visitas de grupos internacionais, como a Força-Tarefa de Governadores para o Clima e Florestas (GCF-TF) e representantes do Ibama, OTCA e UNODC. Essas missões conheceram as tecnologias e estratégias utilizadas no estado para o monitoramento ambiental e o combate a queimadas.
Informações baseadas em matéria oficial da Secretaria de Comunicação do Governo de Rondônia. Texto: Andréia Fortini. Fotos: Frank Néry, José Leandro Barbosa e Geo Portal.