Evento orçado em cerca de R$ 5 bilhões critica a falta de infraestrutura e resultados simbólicos na conferência climática no Brasil.
O que deveria ser a grande consagração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva como “estadista global” tornou-se, ainda antes do início oficial, “o maior e mais caro fiasco da história diplomática recente do Brasil”. Segundo o artigo, a COP30 — orçada em cerca de R$ 5 bilhões — não teria sido pautada, na prática, pela agenda climática, mas sim por um “projeto de poder vaidoso”.
A crítica destaca falhas na logística de sede, com a cidade de Belém apontada como “minimamente preparada” para acolher o evento. A improvisação teria incluído navios-hotel como acomodação para delegações e uso intensivo de diesel para climatização — ironizado como “evento verde queimando milhares de litros” de combustível.
O artigo relata preços abusivos praticados durante o evento — citam-se R$ 25 por uma garrafa de água e R$ 45 por um lanche simples — além de apontar escândalos de contratos milionários com empresas suspeitas.
Também é feita forte crítica ao discurso diplomático e científico da conferência. Segundo o autor, o evento teria ignorado o real peso da Amazônia para o clima global, argumentando que as comparações geográficas mostrariam a floresta como “apenas cerca de 1% do planeta” e que os ajustes no CO₂ são “2% de 0,003%” da atmosfera — ou seja, “nada”.
Por fim, o texto argumenta que o legado da COP30 será mais diplomático do que climático: pouco ou nenhum progresso concreto, menos adesão de chefes de Estado do que em edições anteriores, e a transformação de um evento internacional em “foto-oportunidade” com alto custo para o contribuinte.
Fonte: Paula Sousa, BrasilAgro, 10 novembro 2025.