Tecnologias verdes na cadeia do queijo: reduzindo impactos ambientais com eficiência

Artigo destaca práticas como aditivos anti-metano, energia solar, biodigestores e reuso de água para tornar a cadeia do queijo mais sustentável.
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Brendo Saraiva
Por -
15 agosto 2025
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Estratégias sustentáveis como aditivos alimentares, energias renováveis e reuso de água ganham força na indústria queijeira.

(Foto: chandlervid85 via freepik)

A indústria de laticínios, especialmente a produção de queijos, é responsável por cerca de 4 % das emissões globais de gases de efeito estufa (GEE). No Brasil, onde a cadeia do leite é vital para a economia rural, é urgente mitigar o impacto ambiental gerado pelas operações de produção.


Fontes das emissões na cadeia do queijo

A cadeia produtiva pode ser dividida em quatro etapas, com estimativas de contribuição para a pegada de carbono da seguinte forma:

  • Produção primária (pecuária leiteira): 65–70 %

  • Processamento industrial: 15–20 %

  • Transporte e embalagem: 10 %

  • Resíduos e pós-consumo: 5 %


Além disso, o leite pode gerar entre 8 e 12 kg de CO₂ equivalente por kg de queijo, dependendo do tipo e do sistema de produção.

Práticas sustentáveis em destaque

Diante da necessidade de reduzir impactos ambientais, diversas estratégias vêm sendo adotadas na cadeia do queijo:

  • Suplementação animal que reduz metano entérico: uso de aditivos como algas vermelhas Asparagopsis, que podem reduzir até 80 % das emissões de metano, além de alternativas como nitratos, leveduras e óleos essenciais;

  • Adoção de fontes renováveis de energia: instalação de painéis solares em queijarias, com potencial de tornar as operações quase autossuficientes em energia;

  • Uso de biodigestores: transformam resíduos como fezes, soro de leite e restos alimentares em biogás e biofertilizantes — reduzindo odores e gerando energia térmica ou elétrica;

  • Reuso de água e recuperação de calor: reaproveitamento em lavagens e irrigação; sistemas de trocadores de calor recuperam energia térmica para uso em etapas subsequentes da produção;

Essas práticas permitem o uso de indicadores como litros de água ou kWh por quilo de queijo produzido, contribuindo para a eficiência hídrica e energética.

Fonte: Milkpoint
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