A Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Pará (Semas) deu mais um passo importante na promoção da bioeconomia e do desenvolvimento sustentável no nordeste do estado. Na última terça-feira (12), a equipe técnica da Semas realizou uma ação de diagnóstico socioambiental no município de Augusto Corrêa, com visitas a comunidades e produtores locais.
As atividades de campo abrangeram áreas em Bragança e Nova Olinda, no distrito de Augusto Corrêa, onde foram avaliadas as condições produtivas da região para apoiar a implementação do PlanBio — programa estadual voltado à valorização e expansão dos negócios sustentáveis ligados à biodiversidade amazônica.
Um dos focos da visita foi a produção artesanal de farinha, tradicional em Bragança e reconhecida por sua qualidade por meio da Indicação Geográfica. Thiago Brito da Silva, produtor local, compartilhou os desafios enfrentados na produção semanal de cerca de 100 kg de farinha. “A maior dificuldade é a falta de mão de obra qualificada e equipamentos adequados. Com mais mecanização, poderíamos aumentar muito a eficiência”, destacou, apontando o potencial para crescimento com o suporte técnico e investimentos adequados.
Outra atividade avaliada foi a aquicultura em Nova Olinda. Miguel Reis, produtor e representante da Associação dos Agricultores e Aquicultores de Nova Olinda (Agromar), relatou que a produção está em expansão, com mais de meio milhão de ostras cultivadas, mas que a comercialização para fora ainda é limitada pela alta demanda local. Sua visão reforça a importância da bioeconomia para consolidar cadeias produtivas sustentáveis na Amazônia.
O técnico em gestão ambiental Marcel Assis, da Gerência de Bioeconomia da Semas, explicou que o diagnóstico busca mapear as dificuldades e oportunidades da agricultura familiar para ampliar a participação desses produtores no PlanBio. “Queremos fortalecer a produção local e desenvolver um portfólio diversificado de bionegócios, em parceria com setores financeiros e de inovação”, disse.
Como parte do processo, foi realizada uma avaliação comparativa das práticas locais — o benchmarking — que permite identificar boas práticas e adaptá-las às realidades regionais, promovendo a inovação e sustentabilidade nas comunidades visitadas.
Texto adaptado a partir de informações oficiais da Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Pará (Semas).