O anúncio foi feito durante o painel "Legado sustentável: o papel da indústria da Amazônia na COP 30", promovido pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). O secretário adjunto de Gestão e Regularidade Ambiental da Semas, Rodolpho Zahluth Bastos, destacou que a transição do uso de termelétricas para a integração com o Sistema Interligado Nacional (SIN) trará benefícios tanto ambientais quanto econômicos. "A proposta é levar energia sustentável a regiões remotas, como o Marajó e a Calha Norte, possibilitando o desenvolvimento de cadeias produtivas locais, como a agroindústria do açaí", afirmou Bastos.
A Amazônia possui atualmente 176 sistemas isolados de geração de energia, localizados em regiões que não são atendidas pelo Sistema Interligado Nacional (SIN). Essas áreas, muitas vezes de difícil acesso, dependem de usinas termelétricas movidas a óleo diesel para abastecimento energético, o que contribui significativamente para as emissões de carbono no Estado. O plano de descarbonização de energia busca desmobilizar esses sistemas, substituindo-os por novas linhas de transmissão conectadas ao SIN, permitindo a transição para uma matriz energética mais limpa e sustentável, especialmente em regiões como o Marajó e a Calha Norte.
O painel, moderado por Marcelo Thomé, vice-presidente da CNI e presidente da FIERO e do Instituto Amazônia +21, reuniu representantes da indústria e especialistas em sustentabilidade, incluindo Silvio Cezar Pereira Rangel, presidente da Federação das Indústrias no Estado de Mato Grosso, Ana Carolina Alves, gerente geral de Relacionamento Institucional da Vale, e João Teixeira, gerente de Transição Climática da Natura.