ECONOMIA VERDE
O documento é fundamental para viabilizar exportações dos produtos processados pela cooperativa, ampliando sua presença no mercado nacional e internacional.
Sustentabilidade e geração de oportunidades
O prefeito Hildon Chaves destacou a importância do apoio a projetos que conciliam produção econômica e preservação ambiental.
“A Prefeitura sempre buscou incentivar os distritos, apoiando iniciativas que geram emprego e renda de forma sustentável. A Reca é um modelo fantástico de extrativismo sustentável e economia verde que pode ser replicado em outras regiões do nosso município e do Estado”, afirmou.
O secretário-geral de Governo, Fabricio Jurado, ressaltou que o apoio à Reca está alinhado ao compromisso da Prefeitura com o desenvolvimento sustentável:
“Com a licença de operação, a cooperativa poderá exportar seus produtos, levando a economia verde de Porto Velho para o mundo”.
Cooperativa tem uma das produções mais expressivas de palmito na região
Impacto direto em mais de 300 famílias
Atualmente, o projeto beneficia diretamente mais de 300 famílias, organizadas em dez grupos cooperados com produção ativa ao longo de todo o ano.
Um dos fundadores da Reca, o agricultor Adoleres Rosa, que atua na Linha BL, conta com orgulho a trajetória da iniciativa:
“Produzimos de tudo, mas nosso destaque é o cupuaçu, a andiroba e a goiaba. Desde o início entendemos que não dava para produzir sem manter a floresta em pé. Assim nasceu a Reca”.
Bioativos amazônicos como base da produção
O cupuaçu é um dos principais produtos da cooperativa. A fruta é processada de forma integral: a polpa é destinada à indústria alimentícia, enquanto o caroço é utilizado na produção de óleos e manteigas para a indústria cosmética. Já a casca do fruto retorna como adubo natural para os plantios.
Cooperativa é importante geradora de emprego e renda em Nova Califórnia
“Buscamos extrair o máximo dos bioativos amazônicos sem agredir a floresta. Desde os anos 2000, ampliamos o uso do cupuaçu também para a indústria cosmética”, explica Dielison Furtunato, gerente da agroindústria de extração de óleos vegetais da Reca.
Além do cupuaçu, a cooperativa também se destaca na produção e processamento de castanha e palmito, consolidando-se como uma das principais referências do setor em Rondônia.
Caminho aberto para exportações e novos financiamentos
A licença ambiental de operação também abre espaço para ampliar as atividades da cooperativa, incluindo o acesso a linhas de crédito e financiamentos sustentáveis.
“Essa licença representa uma verdadeira carta de crédito para o Reca. A cooperativa hoje é um modelo de economia verde que pode servir de inspiração para muitas outras iniciativas em Rondônia e na Amazônia”, finalizou Alexandro Pincer, secretário municipal de Meio Ambiente (Sema).
A história da Reca é um exemplo de como o desenvolvimento socioeconômico pode caminhar lado a lado com a conservação ambiental, contribuindo para uma Rondônia mais justa, produtiva e sustentável.
Texto: Pedro Bentes
Foto: Felipe Ribeiro