MEIO AMBIENTE
11/Jun/2021
Prática de eliminar
resíduos no quintal ou calçada podem afetar quem faz tratamento da Covid-19
O período em que as chuvas são mais escassas eleva
os riscos do surgimento de focos de queimadas, problema que a Prefeitura de
Porto Velho enfrenta ampliando a vigilância com equipes especializadas. Já
foram identificados, só neste mês, 25 ocorrências de danos ambientais desta
natureza.
A Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Sema)
registrou e apurou 85 focos de queimadas desde o início do ano através do
Departamento de Fiscalização Ambiental. Fazer queimadas é crime passível de
multa, varia de R$ 80,11 a R$ 8.011 milhões.
A degradação ambiental derivada da queimada urbana não precisa necessariamente
ser averiguada no momento em que ocorre. O fiscal pode constatar vestígios da
queimada posteriormente e lavrar o auto de infração.
“O principal fator da queimada urbana continua sendo a ação humana, seja direta
ou indireta. Grande parte dos incêndios em vegetação poderiam ter sido
evitados”, explica Diego Pereira dos Santos, diretor da Fiscalização Ambiental
da Sema.
Diego explica que a queima de resíduos sólidos feitos de forma errada pode
volatilizar substâncias tóxicas e materiais particulados com grande potencial
de dispersão e deposição. É neste momento, que a queimada foge do controle.
Quando isto ocorre, os bombeiros podem ser acionados do telefone 193.
“Desde janeiro estamos recebendo e apurando as denúncias. Há mais registros de
junho a outubro. Depois, as chuvas voltam a ser mais constantes e os casos
tendem a reduzir”, destaca o diretor de fiscalização da Sema.
Atualmente, a secretaria tem três canais de denúncias, além do presencial. Os
registros podem ser feitos através do Disque Denúncia 0800-647-1320 (para
ligações), Whatsapp Denúncia 98423-4092 (para envio de fotos e vídeos) e também
através do e-mail fiscalizacaosemapvh@gmail.com
Para que a denúncia seja completa é
necessário indicar endereço do infrator contendo rua, número e bairro. “A
secretaria tem recebido muitas fotografias de crimes ambientais e cobrança de
providências. Sem o endereço correto as equipes não podem fazer a verificação”,
avisa do secretário da Sema, Alexandro Miranda Pincer.
Ele lembra que as queimadas urbanas causam prejuízos não só ao meio ambiente,
mas para a saúde das pessoas. “A fumaça, além de intoxicar quem provoca as
chamas, causam problemas à vizinhança. Crianças, idosos e pessoas com problemas
respiratórios são os que mais sofrem”, destaca o secretário.
“Estamos vivenciando uma pandemia de coronavírus e as pessoas que estão em
tratamento podem ter piora no quadro de saúde devido ao potencial tóxico
produzido nas queimadas urbanas”, lembra Diego dos Santos.
Texto: Renata Beccária
Foto: SMC